O ruitome referiu aí uma cena que de facto é verdade, e bastante importante... Mais potência, para os condutores com dois dedos de testa, faz toda a diferença na segurança de uma ultrapassagem...
Quando eu tinha o meu Punto de 60 cavalos, era um carro bem despachadinho em termos de arranques, mas era muito linear... A potência era sempre a mesma... Aquilo para ultrapassar por vezes, em situações que pareciam seguras, era uma razia do caraças, daquelas que até fazem levantar os pelos do c*...
Já com o Punto de 80 cavalos, anda a mesma coisa, mas torna-se muito mais seguro quando é necessário fazer uma ultrapassagem, ou até mesmo uma redução, pois o carro responde com mais facilidade...
Mas também há aqui outro ponto de vista... Estamos a falar de Puntos e Fiestas, que são carros relativamente modernos e bastante seguros, com 75, 80 cavalos... E estamos a falar de pessoas que, no máximo dos máximos, andam a 120, 140 e apenas em autoestrada. Não estamos a falar dum "Xasso Cup", que é uma pandeireta com rodas, se calhar até chega aos 200 cavalos ou mais, dá 200 km/h na Vasco, mas depois quando é preciso agarrá-lo, o kit de unhas não chega... Por uns pagam os outros.
As modificações de motor deviam ser ilegais a partir do momento em que comprometem a identidade (meter um motor 2.0 num 1.1, ou turbinar um carro) ou a segurança (adicionar peso e potencia ao carro, com travões de fraca qualidade) do carro, e não as modificações apenas de pequenos ajustes (reprogramações, filtros, etc.).
Felizmente que começa a haver bom senso em alguns centros de inspecção. A mim já me permitiram passar com filtro cónico, xénon (devidamente alinhado) e rebaixamento. Há inspectores cujo bom senso lhes permite "ignorar" certas situações nada prejudiciais, que segundo a lei seriam ilegais. Há outros que cumprem a lei á risca. Quando se queixarem da "dualidade" de critérios, pensem que aqueles que vos chumbam estão simplesmente a cumprir á risca a M**** de lei que rege os automóveis.